Esta menina estava abandonada perto do emprego do Homer em Alfragide. Estava muito magrinha, cheia de medo e dormia em cima de um monte de urtigas. Quando um dia o fui buscar, ao final do dia, não resisti ao seu olhar tristinho e, com ajuda da C., enfiámos a bichinha no carro e trouxemo-la para casa. Ela estava muito assustada mas nem assim hesitou em entrar em casa connosco.
A partir desse momento seguiu-nos para todo o lado. Literalmente! Lembro-me das primeiras manhãs em que ela ficava à toa sem saber qual de nós seguir enquanto nos arranjávamos à pressa para sair de casa.
Nos primeiros tempos tinha muito medo de estranhos. Durante os seus passeios chegava a parar e encostar-se às minhas pernas quando nos cruzávamos com alguém na rua. Mas desde logo percebemos que ela já tinha vivido numa casa. Era muito asseada e adorava subir para o sofá ;-)
Com o tempo foi ficando cada vez mais confiante e feliz!
A Diuska adorava correr! Ficava tão feliz quando a levávamos à praia e ela podia andar solta à vontade. Corria para trás e para a frente e nunca se cansava.
Era a companheira perfeita. Muito sossegada, sempre ao nosso lado, muito meiga. Dava-se muito bem com crianças e apesar do seu tamanho era muito gentil e cuidadosa com os pequenotes. Foi perdendo também o medo dos adultos e deixava que lhe fizessem festas sem se encolher.
Quando a recolhemos ela já devia de ter entre 6 a 8 anos o que para um cão de grande porte já é bastante. Partilhou a nossa casa e a nossa vida durante 3 maravilhosos anos. Foi tratada como uma rainha e nunca permitimos que lhe faltasse nada.
Veio ter connosco à Holanda mas infelizmente não esteve entre nós muito mais tempo. Uma fortíssima infecção no fígado levou-nos a nossa menina dos nossos braços, literalmente. Passados quase 4 anos as saudades são ainda muitas...
Muitas são as vezes que aqui falo e coloco montes de fotos do Mozart. Hoje quis aqui falar da minha outra canídea ;-) São dois animais com percursos de vida e personalidades completamente diferentes mas no meu coração têm um lugar igualmente importante.
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