segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Eu fui, Eu Fui...

Ver o Cirque du Soleil, Eu Fui!

Lembram-se deste post?! Pois bem, enchi o peito de ar e "fui-me a eles", lol
E ainda bem que o fiz pois foi magnífico!!! Amei :))

Eles andaram entre a plateia, e eu cheia de medo, de pêlos eriçados e pele de galinha (e não estou a brincar!), "rezei" para que não se chegassem muito perto de mim. Felizmente, não fui uma das contempladas! A partir daí correu tudo bem ;-)
Estávamos na oitava fila e conseguíamos ver inclusive a respiração abdominal dos artistas e os pequenos sinais, quase imperceptíveis, que fazem entre si durante as acrobacias.

O espectáculo foi muito muito bom! Mas o que deixa sempre a desejar são as salas de espectáculo holandesas. Os bilhetes são sempre caríssimos e as cadeiras más e com pouca inclinação. Em teoria os nossos lugares eram fantásticos mas na prática os holandeses esquecem-se de que deve haver uma inclinação acentuada entre as filas. Ora isto num país em que a média de altura é de 1,90 m, ou qualquer coisa que os valha, é dramático! Escusado será dizer que saí de lá com um pequeno torcicolo... Meu rico pavilhão atlântico ;-p

sábado, 12 de dezembro de 2009

"A febre de Sábado"


E porque esta voz aveludada e intimista me faz sonhar...

Bom Fim-de-Semana!!!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Winter Blues...


É deprimente ter de acender a luz às 3 da tarde :(

E como o frio não convida a grandes passeatas os serões têm sido passados assim... Filmes light, com um certo humor e que não nos façam pensar...

A vida já nos dá demasiada matéria de reflexão e há momentos em que apetece ver um filme só por pura distracção ;-p

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Doçaria de Natal


Quando estamos longe uma das coisas de que mais sentimos falta é da nossa comida! Os sabores da nossa infância, o cheiro da casa da mamã, o conforto de uma iguaria tradicional. E o melhor da época natalícia é de facto a nossa tradição gastronómica ;-p
Assim sendo, e como não temos ao nosso dispor a pastelaria da esquina, metemos a mão na massa (literalmente!) e fizemos coscorões. A receita foi roubadíssima à minha amiga Mariinha, que teve a gentileza de partilhar um segredo de família com os seus amigos bloggers :)
Ficaram óptimos e até os colegas do Homer se lamberam ao comer as "sobras"! É que mesmo metade da receita é demais para dois...
Foi uma tarde de domingo bem passada a fazer e a comê-los quentinhos ainda! Sempre nos traz um pouco do sabor a casa :))

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Livros sem fim

Adoro ler! Leio bastantes livros porque me dá um prazer único viajar nas mais diversas estórias e descobrir novos mundos. Gosto de rir, chorar, de sentir medo e prazer ao ler as palavras de outra pessoa. Palavras essas que criam um universo que é nosso!
Mas há livros dos quais desconheço o fim. Livros que não me conseguem prender às suas páginas, cheios de palavras que não agarram a minha atenção. Livros sem sentimento para mim... ou, quem sabe, até sem sentido...
Sinto-me frustrada ao tentar em vão embrenhar-me nas páginas de um livro e descobrir que a meio de uma tal página estou a fazer mentalmente a lista das compras do supermercado. Desiludo-me a cada momento em que perco o fio à meada e tenho de voltar atrás alguns parágrafos. Aborreço-me a acabo por fechar o livro e pousá-lo.
Mas não consigo desligar-me. Esses livros ficam sempre num espaço pendente. No parapeito da janela do quarto, na mesa de cabeceira, na estante do escritório. Não consigo terminar a relação mal sucedida assim a frio...
Por vezes, faço novas investidas mas nem sempre consigo lê-los até ao fim. Eles habitam na minha casa , na minha mente e embora não sejam mágicos como os outros, embora não me dêem tal prazer, não sou capaz de os deitar fora, reciclá-los, esquecê-los.
E é estranho, pois eu sou capaz de reciclar e deitar fora tanta coisa... Mas essas palavras são de outro alguém, não me pertencem para que possa mandá-las às urtigas...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Noite Fria de Natal


A neve caía sem parar enquanto o vento soprava fortemente. Um homem sozinho, bem agasalhado, caminhava pelas ruas da cidade. As lojas iam fechando as suas portas aos poucos, mais cedo do que era habitual. Mas ainda conseguiu encontrar a padaria aberta...
Chegou a casa. O silêncio e a escuridão do apartamento agrediram-no como um murro no estômago. Caminhou para a cozinha, poisou o saco do pão, despiu o sobretudo, o cachecol, o gorro, as luvas e pegou no telefone. Ligou para casa.
Lá longe, no seu país, na sua terra natal, na sua casa, todos estavam reunidos para passar a consoada. Ouviu o riso das crianças e as palavras de ordem da avó. A voz da sua mulher soava triste pelo telefone: "Só faltas cá tu hoje... Tenho tantas saudades...". As lágrimas ameaçavam soltarem-se mas tentou disfarçar: "Em breve... Já falta pouco para estarmos todos juntos! Amo-te..."
Pousou o auscultador com as mãos já trémulas. Não pode mais conter os soluços. Ali, sentado na cadeira da cozinha, chorou. Chorou pela solidão, pelas dificuldades da vida que o obrigavam a estar longe da família, pela infância roubada pelo trabalho, por todos os natáis que só lhe lembravam os seus fracassos.

Preparou um café com leite e duas carcaças com manteiga. Tinha a sorte de ter o frigorífico cheio, o congelador também. Mas hoje apenas um pão com manteiga conseguiria aconchegar a sua angústia. Juntou um copo de uísque ao café e desejou que o sono não tardasse muito...
Mais um desafio da Fábrica das Letras...

Foto: Limburg, Holanda - Janeiro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Desordem

"Chaos often breeds life, when order breeds habit."
Henry Adams