segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dia da Mãe


Celebrou-se ontem em Portugal o Dia da Mãe. E mais uma vez nos deparamos com a obrigatoriedade do dia disto ou o dia daquilo. Apesar dos sentimentos contraditórios em relação à existência ou não destas datas, do apelo ao consumismo e até da hipocrisia que, por vezes, estas datas representam, não consigo deixar passar este dia sem dar um grande beijo à minha mãe.
O amor e admiração que sinto por ela não têm data, princípio, meio ou fim. São parte integrante de mim.
A minha mãe é uma mulher com M maiúsculo. É uma mulher de fibra, que não se deixa derrotar e que ultrapassa de cabeça erguida os obstáculos da vida (e não têm sido poucos...). 
Ela nasceu prematura e muito, muito pequenina. O médico alertou a minha avó para o facto de ela não vingar. Mas a sua vontade de viver era tanta e o amor que a minha avó lhe transmitiu tão forte e intenso que passados quase 65 anos ela aqui está para as curvas, ;) Essa garra de viver mantém-se até hoje. E é um pouco desta fibra que me corre também nas veias.
É uma pessoa bem-humorada, prática, despachada, optimista, trabalhadora e resistente. Tem um coração enorme mas não é dada a lamechiches. Idónea, honesta, justa, sóbria. Tem uma enorme capacidade se rir de si mesma, fala pelos cotovelos e é apaixonada pelas suas verdades. Defende os seus valores, as suas crias e os seus. Está sempre disposta a ajudar e tem um bom feitio incrível. 
Gosto de pensar que herdei algumas das suas grandes qualidades, que aprendi e aprendo ainda muito com ela. Há quem diga que nós escolhemos a família em que vamos nascer, assim sendo faz sentido que eu tenha escolhido a minha mãe pois ela deu-me aquilo que eu mais gosto em mim mesma...

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