quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Abençoadas férias :-)


Esperam-nos 10 dias de dolce faire niente!!! Muita piscina, praia, massagens, leitura, namoro, conversa e sestas.

Até breve!!!

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Para as fãs do Harry Potter


Vi isto no Facebook e fartei-me de rir! Quem diria que o nerd se tornaria no borrachinho do grupo, ahm?!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

The Bible



Depois de saber pelo facebook que o Diogo Morgado andou a fazer de Jesus e que tinha sido convidado para ir ao programa da Oprah (a loucura!, como se esse fosse o verdadeiro reconhecimento de talento!), fiquei com vontade de ver a mini-série que passou aqui na tv australiana.

Durante umas semanas dediquei as minhas terças à noite a ver retratadas as estórias que muitas vezes ouvi e/ou vi em filmes durante a Páscoa. Não me pareceu que a série fosse de todo revolucionária ou acrescentasse algo de novo, tal como fariam acreditar as críticas. Gostei da qualidade da fotografia e imagem, gostei que os actores não fossem as caras conhecidas de Hollywood e, sim, gostei do nosso Diogo no papel de Jesus. Fisicamente, foi muito bem escolhido pois precisa de muito pouco para se parecer à imagem que a igreja nos impingiu de Cristo (convenhamos que um homem daquela época e daquela zona do planeta Terra não poderia ser louro de olhos azuis!), a interpretação foi fiel ao estilo do argumento e a sua entoação em inglês perfeito surpreendeu-me pela positiva.

Ora eu, como a grande maioria dos portugueses, fui criada na cultura católica mas há muito que isso não me diz nada. Os meus pais não são presenças frequentes na missa, tendo a sua fé e vivendo a sua vida ao seu modo e de acordo com os seus valores. Quando andava na escola primária havia muitos meninos que andavam na catequese e eu pedi à minha mãe para ir. Ela, claro, que disse que sim e tratou de me inscrever. Apesar da minha tenra idade (9 aninhos) eu levei a experiência muito a sério. Estudava e lia tudo o que me ensinava e recomendavam, ia à missa todos os Domingos de manhã, sozinha! (pois os meus pais não costumam ir...) e lá fiz a primeira comunhão, com direito a festinha em casa e tudo!

Depois de algum tempo naquelas andanças, disse à minha mãe que não queria ir mais pois tudo o que tinha aprendido não fazia sentido e não estava de acordo com os comportamentos que via à minha volta. Novamente, a minha mãe deu-me livre escolha e disse que eu não teria de voltar. E não voltei até hoje...

Enquanto adulta, já me debrucei muitas vezes sobre o assunto e pessoalmente a religião não é para mim. Mesmo "estudando" outras religiões, em que na maior parte das vezes os princípios base acabam por ser semelhantes, não consigo sentir aquilo a que chamam de fé. Por vezes penso que talvez a minha vida até seja mais vazia por isso mas...

Sou contudo uma pessoa espiritual. Acredito que somos mais do que um corpo e que temos potencial para irmos mais além. Acredito que os seres humanos têm diferentes estados de evolução e acredito que homens de carne e osso, iguais a mim, podem atingir estádios de iluminação, o que não faz deles santos, nem profetas, nem "filhos de Deus". Tento guiar a minha vida pelo bem, pelo amor, pela gratidão, pela compaixão.

Respeito quem tem outras crenças e quem pratica uma religião, seja ela qual for. Vou à igreja como convidada em casamentos e baptizados ou para me despedir de alguém no seu velório. Sento-me nas filas de trás e embora saiba rezar opto pelo silêncio pois sinto que seria hipócrita da minha parte dizer as palavras da boca para fora, sem qualquer sentimento.

Quando alguém espirra digo "saúde" e não "santinho/a" mas saem-me intuitivamente expressões idiomáticas como "Valha-me Deus", "Por amor de Deus", apenas por hábito ;-)

A minha mãe, mulher sábia!, sempre me ensinou que não se discute política, futebol e religião! Segundo ela, cada um tem a sua opinião e susceptibilidades e é muito fácil as pessoas ficarem ofendidas e até zangadas aos expressarmos uma opinião diferente. Sempre me regi por esta máxima e até agora não me dei mal. Hoje apeteceu-me escrever sobre isto pois a série trouxe ao de cima estes pensamentos/sentimentos que são meus e valem apenas por isso mesmo.

Ressalva: não é minha intenção ofender ninguém nem nenhuma religião. Lamento se alguém se sentir de algum modo incomodado com alguma opinião aqui expressa e peço que carreguem na cruz vermelha no canto superior direito e voltem outro dia, se quiserem, quando por aqui se fale de comida, da vida de emigrante na Austrália, de livros, etc.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O maravilhoso mundo Kindle ;-)

Broadbeach, Gold Coast
   Como presente de aniversário o Homer ofereceu-me um Kindle. Eu tenho para mim que foi uma estratégia para limitar o meu consumo livreiro, que se reflecte em muitas caixas pesadas que ele carrega aquando das nossas muitas mudanças, lol
   Não é a mesma coisa que virar as páginas de um livro, sentir o cheiro do papel, a textura da capa mas que é extremamente prático não há como negar. É super leve o que faz com que as minhas malas andem sempre consideravelmente mais leves, dá mais jeito para ler na cama pois posso mesmo deitar a cabeça na almofada sem ficar com os braços cansados, permite anotações de uma forma simples e intuitiva sem ter de procurar uma caneta ou lápis num momento menos prático, tal como nos transportes púbicos por exemplo, e os livros são bastante mais baratos.
   O grande problema é que são poucos os livros em português disponíveis na Amazon. Eu gosto de ler em inglês mas gosto muito de ler os nossos autores, na nossa língua e fico triste por constatar que a nossa literatura não é divulgada como eu gostaria. Afinal os portugueses (em Portugal) também hão-de querer fazer o download de livros por um preço mais simpático e os muitos emigrantes portugueses por esse mundo fora, com saudades de casa, seriam com certeza um grande mercado. 
   Na loja Kindle encontro nomes como Saramago com poucos títulos em português e vários títulos em inglês, espanhol e até italiano. Fico ainda mais possessa quando olho para os preços e vejo que as edições em português são o dobro do preço do que as edições traduzidas, por exemplo o livro "Todos os Nomes" custa 4.11 em espanhol e 9.40 em português!!! Quando procuro pelo José Rodrigues dos Santos, cujos livros tiveram imenso sucesso em Portugal, encontro alguns títulos em espanhol, italiano e até em alemão e nem um que seja em português...
   Curiosamente os livros do meu querido Pepetela estão todos disponíveis em português. E o melhor ainda é que descobri que ele tinha lançado um livro que ainda não constava da minha colecção (sim, eu tenho todiiiinhos!) e pude comprá-lo e lê-lo de imediato :-) 

Kindle, depois de muita resistência da "velha do Restelo", estás aprovado!!!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Dias assinalados no calendário

Surfer´s Paradise, Gold Coast - Julho 2013
   Eu sou daquelas pessoas que dá importância a datas. Não ao ponto de saber o dia em que conheci alguém, ou sequer me lembrar da última vez que fui ao cabeleireiro, mas lembro-me sempre das datas que marcaram um passo importante na minha vida.
   Ontem fez 24 anos que cheguei aos Estados Unidos e que pela primeira vez comecei uma experiência de emigrante. Tinha 12 anos, tinha acabado o 6º ano e lembro-me da excitação e do medo de ir viver num país novo. Claro que na altura a escolha não foi minha (foi dos meus pais) mas lembro-me que encarei a experiência de braços abertos. Não queria deixar as minha amiguinhas e a família que ficou em Portugal mas a descoberta de um mundo novo foi o suficiente para encarar a mudança positivamente.
   Passado um mês comecei as aulas numa escola americana, numa língua que me era ainda muito estranha. Em poucos meses não só aprendi uma língua que me tem sido muitíssimo útil desde então, como descobri em mim uma facilidade de adaptação incrível.
   Hoje vejo  o quanto esta experiência me marcou e me ensinou em tão tenra idade. Aprendi que a vida dá muitas voltas e que aquilo que temos como seguro hoje pode não o ser amanhã, aprendi a começar de novo, a descobrir novas formas de estar, a respeitar diferentes perspectivas, valores e ideais, e acima de tudo aprendi que as minhas raízes e aquilo que me é querido está sempre comigo onde quer que eu esteja.
   Vejo os dois anos que vivi nos States como enriquecedores, em especial numa personalidade que ainda se estava a formar. Vejo esta experiência como uma grande lição. Agradeço a oportunidade de ter aprendido inglês tão nova e de uma forma tão orgânica. Ainda hoje quando me ouvem a falar inglês me perguntam muitas vezes se sou americana ;-p Também já me perguntaram várias vezes se era canadiana ou irlandesa, lol (I have no idea why...)