segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vamos ver as baleias?!


   Em Straddie só as tínhamos visto ao longe por isso decidimos ir fazer um cruzeiro do Brisbane Whale Watching pois ofereciam a garantia de vermos baleias. 
   Não desiludiu! Havia imensas baleias e fomos brindados com as suas piruetas e acenos. É impressionante ver como elas são graciosas apesar do seu tamanho e é incrível ver como elas estão habituadas ao barco e se chegam tão perto. 


   O barco pára em alto-mar durante umas duas horas para podermos observá-las com calma, tirar fotos e almoçar. MAS... o mar estava agitado! Antecipando enjoos, tomei uns comprimidos antes, e ao longo da viagem, mas não fizeram efeito :-( Passei uma parte da viagem super enjoada e com vontade de me atirar à água tal era o mau estar de causado pelo constante balancé....



   Apesar do enjoo, valeu muito a pena a experiência. Mais um item a riscar da minha bucket list!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Marcas para sempre

             

   Noutro dia cruzei-me com este texto no Facebook e achei interessante. Há sempre um número de pontos em que todos aqueles que vivem fora do seu país têm em comum. E é por isso fácil identificarmo-nos com testemunhos de pessoas que nem sequer conhecemos.

   Pela parte que me toca eu e o Homer temos "demasiadas palavras" (you don’t want to overwhelm everyone with stories from your ‘other country’ and come across as pretentious). Temos sempre uma história relevante da Holanda, da Inglaterra, da Austrália. Lembramo-nos sempre de alguém que conhecemos pelo caminho e que nos mostrou uma nova maneira de ver as coisas.

   Da mesma forma temos falta da palavra certa pois as expressões surgem-nos em línguas diferentes (You no longer speak one particular language). É comum faltar-nos a expressão em português ou melhor ainda fazer a tradução literal de uma expressão inglesa para português, o Homer em especial. (tenho de compilar algumas para partilhar, é um fartote!) Também é comum quando estamos cansados ou quando nos sentimos muito à vontade com alguém desatarmos a falar em português com eles perante o seu olhar estupefacto.

   Curiosamente, este blog nasceu pela minha vontade de continuar a escrever em português e pelo meu esforço de não deixar que o meu conhecimento da língua portuguesa se fosse perdendo com o passar do tempo. Também por isso gosto de ler em português mas cada vez se torna mais difícil não deixar que a língua sofra com as influências externas. Afinal de contas, já são 8 anos em que no meu dia-a-dia só falo português com o Homer.

   E claro que a nostalgia e saudade passam a ser constantes (Nostalgia strikes when you least expect it). Companheiros de viagem, que mesmo que regressássemos hoje ao nosso país de origem jamais nos abandonariam. É que não há volta a dar. Podemos não pertencer ao novo país onde vivemos mas a verdade é que também já não pertencemos ao país que nos viu nascer e crescer. Somos gente avulso, com raízes espalhadas pelo mundo.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Cats - O musical

   Tendo vivido tão próximo da capital dos musicais não fomos muitas vezes ao teatro. O tempo vai passando e os planos vão ficando para a próxima. E a vida vai continuando....
   Assim, quando ganhei um voucher de $100 para usar no Ticketek aproveitámos a vinda da produção do Cats a Brisbane e marcámos para ir ver um clássico. Mas este foi um clássico com um twist ;-)


   O palco era central, uma espécie de arena e para além dos protagonistas e personagens do musical havia um cast de cerca de 800 jovens "gatos", de várias idades, em redor do palco. Estes "gatos" eram alunos do Harvest Rain Youth and Kids Theatre e trouxeram cor, alegria e impacto ao musical. Imaginem 800 gatos a dançar em simultâneo!
   Foi um espectáculo muito giro e visualmente impressionante. Quanto à estória quanto a mim é fraquinha, mais não sendo umas canções que definem os diferentes tipos de gatos. O momento alto, é sem dúvida a Grizabella a cantar o famoso Memories.
   Apenas posso assumir que o sucesso deste musical se deve aos muitos amantes de gatos por esse mundo fora! Vimos um casal, com um filho da nossa idade, na fila para entrar com máscaras de gatos, qual baile de máscaras, lol

domingo, 13 de julho de 2014

North Stradbroke Island

   Como tinha falado, tivemos mais uma experiência de campismo. Desta vez no Inverno! Por aqui não costuma fazer muito frio e decidimos arriscar. 
   Contudo, tivemos muito azar com tempo :-( No Sábado o dia esteve tristonho, com alguns períodos de chuva mas o pior foi à noite. Por volta das 9 recebemos um sms de alerta da tempestade e passámos a noite meio-acordados pois o vento e a chuva eram tão fortes e a tenda abanava por todos os lados. Dentro dos sacos-cama não tínhamos frio e a tenda manteve-se de pé e impermeável. 
    Depois dessa noite, o Homer diz que o campismo já não tem segredos para mim e que sou capaz de sobreviver a tudo ;-p

   A North Stradbroke Island (Straddie) é uma ilha muito rica em variedade de pássaros mas a grande surpresa foi encontrar um koala no parque de campismo. É muito difícil vê-los no seu habitat natural e até agora só os tinha visto em cativeiro. Ficámos em Amity Point que é considerado um dos melhores parques de campismo da Austrália, penso que em parte por estar à beira de uma das praias da ilha.





   A zona mais conhecida da ilha é Point Lookout. Aqui temos acesso à maior praia da ilha, Main Beach, e ao melhor ponto para ver as baleias. Conseguimos ver algumas mas muito ao longe... Mas o passeio é lindissímo! Apesar do dia estar escuro podem ver as cores fantásticas do mar (sem filtros).









   E ainda deu para levar o carro para o areal no final do dia antes que a maré subisse!


   E aqui está uma foto da tenda especialmente para o Eugénio ;-) Esta foto foi depois da tempestade. A tenda ainda está de pé e por sorte não levámos com nenhum ramo de árvore em cima durante a noite! O dia de Domingo amanheceu lindo, frio, mas com um céu azul fantástico.