quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Bali - De barriga cheia

   Nós adoramos comida :-) Nós adoramos novos sabores, descobrir novos pratos e experimentar novos restaurantes! Em qualquer lado!
   Eu tenho uma limitação que é não comer picante, o que na Ásia é um pequeno problema, mas mesmo assim posso dizer que comi muito bem no Bali.

   Para quem gosta de peixe fresco e marisco não há sítio melhor do que Jimbaran Bay! A praia enche-se de mesas e cadeiras e o jantar é servido à beira-mar. Entramos no restaurante e escolhemos o peixe e o marisco que queremos que nos cozinhem, por isso convém chegar cedo. Se optarem por ir ver o pôr do sol à praia podem ter a sorte de verem os pescadores a chegarem com as suas pescarias.




  Tivemos a oportunidade de experimentar a comida local e posso-vos garantir que a galinha saté que se come no Bali não tem nada a ver com a que se come na Europa, nomeadamente na Holanda. É muuuuuuiiiito melhor :-)

Chicken and Pork Saté, Vegetables Stir-Fry with Coconut and Calamari
Babi Guling - Balinese Roast Pork
Chicken Saté
Jaje Dadar - Balinese Rolled Coconut Pancakes 
   Tivemos também a oportunidade de ir comer a alguns dos melhores restaurantes de Semyniak: Sardine e Métis. Os locais são lindíssimos, aproveitando os campos de arrozais e integrando-os no espaço, e a comida é fantástica. Os preços são bastante acima daquilo que se paga no Bali mas mesmo assim baratos comparados com restaurantes do mesmo nível na Europa ou na Austrália.

Sardine
Sardine


Métis



   Uma vez no Bali não podíamos deixar passar a oportunidade de provar o mais caro café do mundo, o Kopi Luwak. Tivemos a explicação toda de como o animal escolhe os melhores grãos de café, como são limpos e tratados e depois bebemos o "poop-a-cinno" como disse o nosso anfitrião ;-) O sabor é suave e é bastante saboroso. Para mim, viciada em cafeína, achei um pouco fraco mas valeu a experiência!


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Bali - De papo para o ar

   O grande motivo que leva os turistas a escolher Bali como um destino de férias é sem dúvida o dolce faire niente. É um local que convida a estar de papo para o ar, entre a piscina, a praia e os beach clubs, onde podemos optar pela piscina ou praia, espraiados em camas gigantes, bebericando cocktails com sombrinhas de papel e comendo os mais diversos e saborosos snacks.

Pantai Petitenget
Pantai Petitenget
    A praia de Petitenget era a mais próxima de nós. A areia é escura e agarra-se à pele de uma forma incrível. Creio que ainda tenho areia do Bali no interior do meu fato de banho, lol

Potato Head Beach Club
   Para mim, que gosto de praia qb, os beach clubs foram o local onde gozei o melhor de dois mundos. Piscina com vista para o mar, passeios à beira-mar, sestas à sombra e comidinha trazida em tabuleiros à minha "cama".

Ku De Ta Beach Club

Our own private pool :-)
   A nossa piscina privada foi também um luxo muito apreciado e bem gozado. Todas as manhãs e os finais de tarde eram aqui passados em amena cavaqueira!

Nusa Dua
    A minha praia favorita foi Nusa Dua, onde as águas límpidas e quentes fizeram as minhas delícias. Em qualquer praia podem-se alugar estas espreguiçadeiras e chapéus de sol individuais por uma módica quantia.

Nusa Dua
   Há também muita oferta de massagens na praia mas isso não experimentei. Fomos várias vezes fazer massagens (1 hora por $13, quem é que resiste???!!!) mas sempre no spa por isso não posso dizer se vale a pena ou não ;-p

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Bali - O choque cultural


   Assim que saímos do aeroporto fomos literalmente atropelados por dezenas de taxistas a oferecer o seu serviço, até os empregados do quiosques de troca de dinheiro lançam de fora a cabeça e agitam panfletos com uma fúria de fazer negócio. Quase não conseguia respirar de tanta gente a gesticular e a chamar por nós.
   Na primeira manhã, depois do pequeno-almoço no hotel, fomos a pé à procura de uma café que a A. conhecia. Os passeios são inexistentes, ou cheios de buracos, pelo que a grande parte do percurso é feito à beira da estrada. Ora o trânsito é caótico e a quantidade de scooters é alucinante, por isso não raras vezes temi pela minha segurança quando vi motas a ultrapassar em imaginárias faixas de rodagem e a rasarem os nossos pés semi-descalços.
   A poluição nas ruas de Seminyak é enorme e para além dos gases emitidos pelos muitos veículos motorizados, há uma constante poeira que paira no ar nas ruas mais movimentadas. Confesso, que no início pensei mas onde é que eu vim parar????!!!!

   Depois comecei a perceber que a maneira de estar dos balineses é muito descontraída e não têm pressa ou stress. Embora isso me levasse por vezes à loucura, pois a empregada de mesa demorava séculos a trazer-nos o café, comecei também eu a entrar no ritmo asiático e a deixar andar. Comecei a apreciar o divertido das situações, a rir-me com a diferença de mentalidade e a relaxar e aproveitar as merecidas férias.

   A magia do Bali está, a meu ver, no contraste entre a desorganização elevada ao expoente e a calma e tranquilidade com que se vive. Eles carregam quatro pessoas numa scooter, no meio de um trânsito caótico, com um à-vontade e uma descontracção que me surpreendeu. Para percorrer 1km demora-se 10 minutos mas ninguém reclama ou chama nomes aos condutores incautos que se metem à sua frente. Entre as ruas principais sujas e barulhentas, existem pequenas pérolas. Casas bonitas, arranjadas, complexos com o seu templo privado, crianças a brincar na rua e senhoras a colocarem as oferendas aos deuses, à porta de casa, todas as manhãs.








domingo, 27 de outubro de 2013

Nós temos os cães de loiça...

   Os australianos têm os cangurus de loiça! Ah ah ah ah ah ah ah

   Vi no mercado e não resisti... Isto numa vivenda de emigrantes na aldeia faria um sucesso!!!! Acho que vou comprar o grande e o pequeno para quando voltar a Portugal para gozar a reforma, eh eh eh eh eh eh eh eh eh

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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Está aberta a época balnear :-)

King´s Beach, Sunshine Coast
   Por aqui começou a Primavera e nós decidimos abrir oficialmente a época balnear! Este mês de Outubro tem sido bastante quente com temperaturas acima dos 30 e já apetece ir molhar os pés à beira-mar ;-p 
   O ano passado não aproveitamos muito a Primavera/Verão pois tínhamos acabado de chegar e as prioridades eram outras. Para além disso, houve imensas tempestades no Verão que nos estragaram os planos de idas à praia. Por isso, este ano queremos aproveitar ao máximo!
   No Domingo acordámos cedinho para evitar o trânsito e a hora de mais calor. Eu sou super branquinha e não aguento estar ao sol por isso para mim a praia é boa de manhã cedo ou ao final do dia (e mesmo assim, à sombra!). Chegámos ainda havia a marca das gaivotas na areia, tal como quando ia para a praia com os meus pais!, e às 11:30 já estávamos de volta a casa. A água do mar estava mais fresca do que é habitual, talvez pela hora da manhã, talvez pela altura do ano, mas mesmo assim ainda ficámos por lá bastante tempo. 
   Chegámos a casa, tomámos um duche, almoçámos e dormimos a sesta. E soube-me tão bem!!!!! :D

   No próximo fim-de-semana haverá mais de certeza!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Don´t judge a book by its cover...


   Há livros que nos chamam a atenção na livraria e cuja leitura da sinopse nos desperta o interesse. Foi o caso d´O Novíssimo Testamento do Mário Lúcio Sousa. A estória parecia ser bastante interessante, cheia de humor e ironia: Jesus ressuscitava no corpo de uma mulher em Cabo Verde. 
   Contudo, para mim a leitura foi como mascar uma pastilha elástica sem sabor, sem oportunidade de a deitar fora pois não há um caixote por perto. Tentamos esquecer que temos aquela porcaria na boca, continuamos a mastigar distraidamente embora já nos doam os maxilares e a consistência da pastilha começa deteriorar-se lentamente. 
   Embora a ideia fosse boa e eu tivesse curiosidade até ao final sobre o que ia acontecer, a leitura foi super maçuda, cansativa e nada prazenteira. A arte de escrever sem pontos finais não é algo que se possa copiar ao Saramago, pois se a escrita deste era envolvente, noutros casos não faz sentido e torna-se numa verborreia terrível.

   Depois há outros livros que apresentam uma história simples e nos surpreendem pela forma como estão bem escritos e nos transportam para um mundo de personagens complexas, imperfeitas, humanas. Foi assim com o Casual Vacancy da J. K. Rowling. Estava com um certo receio de ler algo que nada tinha nada a ver com o mundo do Harry Potter e ficar desiludida mas pelo contrário fiquei ainda mais fã da senhora!
   A estória desenrola-se numa pequena comunidade inglesa e aos poucos entramos na vida, nos segredos e nos receios de cada um dos moradores. Desde o pai que bate na mulher e nos filhos, à mulher casada e aborrecida que fantasia com aventuras amorosas, à mãe drogada que está prestes a perder a custódia dos seus filhos, etc, etc, etc. Uma comunidade onde há um pouco de tudo e onde as aparências pouco revelam do que se passa à porta fechada. Como na própria vida, aliás! 
   Recomendo vivamente :-)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Now You See Me...




And now you don´t...

   Há muito que não ia ao cinema apenas porque aqui nos apetece sempre fazer programas outdoors... das vezes que vemos algum filme que nos chama a atenção rapidamente o deixamos sair das salas de cinema. 
   Aqui há umas semanas atrás, um cinema local juntou-se a uma cadeia que recupera pequenos cinemas e evita que sejam "devorados" pela grande cadeia que dominam os centros comerciais. Estavam então a fazer umas campanhas para chamarem clientes e ofereceram-nos alguns descontos, entre eles um bilhete grátis na compra de outro. Ontem pegámos no voucher e lá fomos nós todos contentes matar saudades de ver um filme no escurinho ;-)
   E não podíamos ter escolhido melhor o filme. Tem efeitos de "wow",  momentos de humor inteligente, um enredo interessante e um excelente final que nos apanhou de surpresa! Recomendo vivamente!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Os nossos pais

Li este texto e ouvi a voz dos meus pais e dos pais dos meu amigos "emigrantes"... E tocou-me profundamente...

"Contudo, todos nós deveríamos ter o direito de viver no país onde nascemos. Emigrar por vontade e decisão é uma coisa, emigrar por necessidade e obrigação é outra muito diferente."

Recomendo a sua leitura na íntegra!

Continuo a dizer que, no meu caso, quando saí de Portugal em 2006 foi por opção e pelo desejo de conhecer novas realidades. Mas é claro que houve também um forte factor de desilusão com o meu país! Pela forma como as "cunhas" lideravam nas empresas, pela corrupção à descarada e impune, pela injustiça social que atribui um subsídio a quem não quer trabalhar, ou atribui TV Cabo a reclusos, mas deixa que os nossos idosos paguem 200 euros na farmácia todos meses quando as suas reformas são de 300, etc. etc. etc. Não gosto de me queixar, não gosto de dizer mal do meu país, não digo que no estrangeiro é que é. 

Mas a verdade é que sinto que voltar, neste momento, não seria uma opção. Não quero voltar, nem estou preparada para isso, mas se esse fosse o meu desejo não duvido que seria extremamente difícil. E não só pela falta de emprego mas sobretudo pela "forma de estar".

Contudo, há sempre os pais que ficam para trás e que vão envelhecendo a cada visita. A distância é difícil, a preocupação é grande, as saudades são imensas. Por isso, ao ler este texto, pensei neles, naquilo que eles sentem e naquilo que eles nos desejam, e o meu coração ficou pequenino...